Enquanto uma parte expressiva da população sofre com crescente desemprego em razão da pandemia, o conselheiro Robson Marinho, do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, completa neste mês seis anos de “férias remuneradas”. O ex-chefe da Casa Civil do governo Mario Covas, foi afastado do cargo pela Justiça paulista em agosto de 2014 sob a acusação de ter recebido 2,7 milhões de dólares de propina da multinacional francesa Alstom.
Réu por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, ele já tentou duas
vezes retomar a cadeira no TCE. Não conseguiu e segue em casa recebendo
integralmente seus subsídios de conselheiro. Desde o afastamento, Marinho já amealhou 2,5 milhões de reais.
Marinho recebe uma remuneração mensal de cerca de 48.000 reais, mesmo sem trabalhar. O conselheiro possui duas fontes de renda. Ele recebe salário como conselheiro via Tribunal de Contas – no valor de 35.400 reais – e também um vencimento a título de pensão parlamentar via administração geral do Estado – estimada em 12.600 reais. Essas informações estão disponíveis nos portais da Transparência do TCE e do governo paulista, respectivamente.
Marinho foi deputado estadual pelo MDB entre 1975 a 1983, além de ter sido deputado federal pelo PSDB entre 1987 e 1991. Depois disso, foi chefe da Casa Civil do governo Mário Covas (PSDB), seu padrinho político. Em
1997, Marinho foi nomeado para conselheiro do TCE.
Comentários